Se você mora em São Paulo (ou também Rio de Janeiro, Vitória, Florianópolis) já deve ter percebido que algumas coisas mudaram quando o assunto é andar pelas ruas. Bicicletas elétricas ou patinetes estão por aí, viraram mania em determinados bairros e um negócio lucrativo para grandes empresas.
Também deixaram de ser usados apenas nos “domingos de lazer” para agora fazerem parte do dia a dia atarefado das pessoas. Essa movimentação, que exclui os carros e se conecta com veículos públicos de transporte (como ônibus ou metrô), tem um nome próprio. É a micromobilidade, conceito falado pela primeira vez em 2017, em um evento de tecnologia na cidade de Copenhagen.
Ela se relaciona com a categoria de veículos que pesam menos de 500kg, tenham motor elétrico e sejam adequados para locomoção em curtas distâncias. São aqueles também que podem ser usados e deixados em diversos cantos da cidade ou usados e retornados a um ponto de partida.
Duvida que essa área irá bombar nos próximos anos? Pois a Uber acaba de entrar com tudo na disputa pelos usuários de patinete em São Paulo – um mercado que na capital paulista tem a Lime e a Yellow como principais concorrentes.
E especialistas no mercado de mobilidade afirmam que 2019 foi o ano de ouro para esse tipo de locomoção, não só pela concorrência que se intensificou, como também pela popularização desse tipo de transporte.
De acordo com a consultoria global McKinsey Center for Future Mobility, a movimentação financeira gerada pela micromobilidade deve ser de US$ 200 a 300 bilhões em 2030 apenas nos Estados Unidos. Europa e China são os outros grandes polos em ascensão. E estamos falando de um cenário de 10 anos à frente, ou seja, está logo ali.
Aí está o grande valor da micromobilidade. Vale lembrar que um elemento-chave para essa nova maneira de usar meios de transporte é o compartilhamento.
A geração Z, inclusive, já nasce com a o conceito de compartilhar mais naturalizado. Aquela ideia de fazer uma poupança para comprar um carro novo só para si mesmo vem perdendo força.