A indústria tem sofrido com falta no abastecimento de matérias-primas. Nos últimos meses, são diversos os relatos sobre a falta de insumos no mercado brasileiro.
No caso do setor plástico, desde o começo do segundo semestre de 2020 há queixas do desabastecimento de uma série de resinas plásticas. Em especial as resinas de polipropileno (PP) que são utilizadas na fabricação de embalagens para brinquedos, utilidades domésticas, artigos de beleza e equipamentos de proteção individual (EPIs) foram uma das primeiras a apresentar falta. Em grau menos acentuado, as resinas de polietileno (PE) de baixa densidade (PEBD) e de Alta Densidade (PEAD), aplicáveis nas embalagens de supermercados e alimentos – inclusive congelados – também seguem a mesma tendência.
São diversos os fatores que explicam a conjuntura atual da falta dos insumos plásticos. Em primeiro lugar, o planejamento feito por produtores de resinas plásticas (petroquímicas) de uma queda significativa da demanda de seus produtos durante a pandemia, não se verificou plenamente.
Os bens de consumo não duráveis utilizam intensivamente produtos plásticos e embalagens plásticas flexíveis. Sendo assim, a demanda interna por resinas plásticas se manteve forte frente aos problemas consideráveis na oferta, agravando a escassez da oferta ante a demanda interna.