Como o consumidor infantil é influenciado pelas embalagens?

Como o consumidor infantil é influenciado pelas embalagens?

As marcas não podem desprezar os pequenos, que são promotores em potencial e constituem um nicho de mercado importante. As embalagens atraem os adultos, e o mesmo ocorre com os consumidores infantis. Desde cedo as crianças passam a ter atenção por cores e formas expostas nas prateleiras dos mercados e dos demais estabelecimentos comerciais. Assim, não se pode esquecer do poder de consumo dos pequenos. Confira dicas de como trabalhar as embalagens pensando nesse público.

A influência das marcas no consumidor infantil

Toda criança ou adolescente já se viu fisgada por algum produto ou propaganda. Marcas de brinquedos, alimentos, itens de higiene ou jogos, por exemplo, têm dificuldade em encontrar alguém que não possua alguma lembrança infantil relacionada a uma marca. Muitas vezes elas ganham o coração dos pequenos e o hábito de compra passa literalmente de pai para filho. Assim, você empreendedor, não feche os olhos para o potencial do consumidor infantil, pense de que forma ele pode arrebatar o coração dos pequenos e fazer parte até da história deles.

Panorama da infância e da adolescência no Brasil

Antes de começar a adaptar a sua embalagem ao consumidor infantil, é bom ter uma ideia do tamanho dessa população. Dados da Fundação Abrinq, estimam que 33% da população brasileira, composta por cerca de 213 milhões de pessoas, tenham entre zero e 19 anos. A região que concentra a maior faixa (comparado com o número de moradores) é o Norte, com 41,6%, seguido do Nordeste com 36,3%. No geral, a maioria vive nas áreas urbanas.

Quando o assunto é o consumidor infantil, fique atento à lei

Se você pretende investir em embalagens voltadas para o público infantil, é bom lembrar que existe regulamentação. As diretrizes estão na Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), publicada em 2014, e no Capítulo II – Princípios Gerais, Seção 11 do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). Eles definem as regras da publicidade direcionada às crianças no Brasil. Um caminho é ir sempre pelo viés educativo, assim você terá um produto bonito, mas que também cumprirá o papel de ensinar. O não cumprimento das regras pode implicar na retirada do produto do mercado, por isso fique sempre atento.

Crianças são promotoras de marca

O consumidor infantil é um influenciador, por meio dele, os pais passam a consumir produtos indicados pelas crianças. Tanto que há relatos de mudanças que começam pelos pequenos e atingem toda família, seja no consumo de produtos saudáveis ou até na alteração de hábitos.

Pontos que devem ser observados nas embalagens

Compreendemos agora o contexto econômico e a relevância em que as crianças e adolescentes estão inseridos. Isso nos permite destacar alguns aspectos a serem considerados no planejamento de um produto.

Consumidor infantil: Invista nas cores

Cores atraem crianças, então, ao criar uma embalagem para consumidores infantis, não negligencie essa característica. As cores contribuem, por exemplo, para aprimorar a capacidade motora e cognitiva, raciocínio, fala e audição, entre outras funções essenciais.

Aposte nos desenhos

Personagens infantis, como heróis e princesas, emocionam as crianças. Os arquétipos de marcas que estão presentes no inconsciente desse público também. Ou seja, eles desencadeiam empatia e geram engajamento por marcas e empresas. Portanto, os diferentes arquétipos podem auxiliar na seleção dos produtos. No entanto, é importante estar atento, pois personagens preexistentes só podem ser utilizados mediante pagamento de licenciamento.

Formatos diferenciados

Hoje a indústria gráfica permite a adoção de diferentes formatos e uso de materiais termoflexíveis. Assim, é possível criar frascos com a forma de personagens, por exemplo, despertando o interesse do público infantil.

Pais são decisores

Embora o produto seja destinado às crianças, são os pais que realizam a compra. Por isso, invista em informações para eles nas embalagens. Associar a marca a informações positivas é fundamental.

Exemplo a não ser seguido para o consumidor infantil

Em junho, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) entrou com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) contra a Nestlé. O pedido era para que as empresas alterassem as embalagens dos compostos lácteos e de fórmulas que substituem o leite materno, pois as mesmas são idênticas e podem causar confusão. O principal problema reside no fato de que não se recomenda o uso dos compostos em crianças com menos de dois anos, e embalagens similares poderiam gerar confusão no momento da compra.

Impacto positivo

As marcas também têm influência positiva na mudança de alimentação das crianças, como o incentivo a comer de forma saudável. Algumas marcas de iogurtes utilizam personagens da Disney, por exemplo, e tem ainda as maçãs da Turma da Mônica que atravessam gerações e continuam nas prateleiras do mercado.

Fonte: Linkflow

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