A literatura pode ajudar a refrescar um pouco os pensamentos e dar um gás na criatividade, já que é bem fácil se sentir sobrecarregado tanto pelo isolamento, quanto pelo excesso de consumo de notícias. Decidir o que ler, no entanto, pode se tornar uma espiral infinita de dúvidas, tamanha a quantidade de opções. Isso porque de livrarias tradicionais, passando por editoras, pela gigante Amazon, e até pelos sebos, todo mundo investiu nas vendas online para alcançar o consumidor não pode sair de casa.
Garanta que novos temas, além do trabalho e do hard news do Covid-19 entrem em sua vida. Até porque, neste momento, ler é uma questão não só de hobby, como também de manter a saúde mental em dia.
- “Morte no Nilo”, (Editora HarperCollins)
Um dos clássicos de Agatha Christie, conta a história de uma jovem rica que rouba o namorado da melhor amiga, se casa com ele e viaja de lua-de-mel para o Egito, para fazer um passeio de barco pelo rio Nilo. A viagem vira um pesadelo, a socialite é assassinada e cabe ao famoso detetive Hercule Poirot desvendar o caso. Ficar em casa em uma situação tão tensa como a que estamos vivendo acaba afetando nossa capacidade de concentração e foco em alguma atividade. Como esse enredo ajuda, a “rainha do suspense” na literatura consegue prender os leitores mais uma vez.
- “Do Amor e Outros Demônios”, (Editora Cia. das Letras)
Nessa seleção está uma dos grandes nomes da literatura mundial, o colombiano Gabriel García Márquez. Aqui, ele fala do maior sentimento humano, o amor, através da trajetória da filha única de um marquês, criada no convívio de escravos e orixás. Acredita-se que demônios possuíram a moça e um padre entra em cena para exorcizá-la a tempo de seu casamento.
- “Pequenos Incêndios por Toda Parte”, (Editora Cia. das Letras)
Um encontro entre duas famílias completamente diferentes vai afetar a vida de todos. Em Shaker Heights tudo é planejado: da localização das escolas à cor usada na pintura das casas. E ninguém se identifica mais com esse espírito organizado do que Elena Richardson.
Mia Warren, uma artista solteira e enigmática, chega nessa bolha idílica com a filha adolescente e aluga uma casa que pertence aos Richardson. Em pouco tempo, as duas se tornam mais do que meras inquilinas: todos os quatro filhos da família Richardson se encantam com as novas moradoras de Shaker. Porém, Mia carrega um passado misterioso e um desprezo pelo status quo que ameaça desestruturar uma comunidade tão cuidadosamente ordenada.
Eleito nos Estados Unidos um dos melhores livros de 2017 por veículos como Entertainment Weekly, The Guardian e The Washington Post, Pequenos incêndios por toda parte explora o peso dos segredos, a natureza da arte e o perigo de acreditar que simplesmente seguir as regras vai evitar todos os desastres.
- “Como as democracias morrem”, (Editora Cia. das Letras)
Uma análise crua e perturbadora do fim das democracias em todo o mundo Democracias tradicionais entram em colapso? Essa é a questão que Steven Levitsky e Daniel Ziblatt – dois conceituados professores de Harvard – respondem ao discutir o modo como a eleição de Donald Trump se tornou possível. Para isso comparam o caso de Trump com exemplos históricos de rompimento da democracia nos últimos cem anos: da ascensão de Hitler e Mussolini nos anos 1930 à atual onda populista de extrema-direita na Europa, passando pelas ditaduras militares da América Latina dos anos 1970. E alertam: a democracia atualmente não termina com uma ruptura violenta nos moldes de uma revolução ou de um golpe militar; agora, a escalada do autoritarismo se dá com o enfraquecimento lento e constante de instituições críticas – como o judiciário e a imprensa – e a erosão gradual de normas políticas de longa data. Sucesso de público e de crítica nos Estados Unidos e na Europa, esta é uma obra fundamental para o momento conturbado que vivemos no Brasil e em boa parte do mundo e um guia indispensável para manter e recuperar democracias ameaçadas.